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Região tem caso confirmado de Zika Vírus

O Litoral Norte gaúcho teve confirmado o primeiro caso de Zika Vírus em 2021. A confirmação foi dada no final da tarde de segunda-feira (14), pela prefeitura de Balneário Pinhal. Segundo o município, a notificação ocorreu no último dia 31 de maio, sendo o resultado do exame realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmado apenas na última segunda. Esse é o primeiro caso da doença na região desde 2019, quando houve um caso registrado, no município de Torres.

Pelas redes sociais, a prefeitura de Pinhal se manifestou: “Antes mesmo da confirmação do caso, ações intensificadas foram realizadas, pelo Setor de Endemias e Vigilância Epidemiológica, na região em que houve a notificação, atuando no bloqueio da transmissão”. Entretanto, novas ações de pulverização com inseticida e larvicida, não estão descartadas na cidade. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, o paciente infectado, o qual não teve a idade e o nome revelado, não está mais transmitindo a doença.

ZIKA VÍRUS

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de três a sete dias, geralmente sem complicações graves. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e hematospermia (presença de sangue no esperma ejaculado). No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

DADOS NO RS

De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o Estado havia registrado até o último dia 05/06, 155 notificações de casos de Zika Vírus. Desse total, 23 foram confirmados, sendo 14 autóctones (transmitidos dentro do Estado). Em 2020, o RS registrou 329 notificações por Zika, sendo confirmados 41 casos da doença (40 autóctones). Já a região da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS); a qual contempla os 23 municípios do Litoral Norte; teve no ano passado, três notificações pela doença, mas sem nenhum caso confirmado.

OUTRAS DOENÇAS

O Zika Vírus é apenas uma das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. Além dela, o mosquito hospedeiro do vírus, pode ocasionar outras doenças como Chikungunya, Febre Amarela e Dengue. Nesse ano, o RS tem sofrido com a proliferação do mosquito, o que tem ocasionado o aumento no número de casos de todas as doenças.

Para se ter uma ideia, até o início de junho foram confirmados em todo o Estado 7.241 casos de Dengue (7.069 autóctones), 203 de Chikungunya (182 autóctones) e 97 casos de Febre Amarela. Esse aumento é expressivo em comparação com o ano passado, quando foram confirmados 3.479 casos de Dengue (3.326) autóctones), 12 casos de Chikungunya e 17 de Febre Amarela.

Em relação ao Litoral Norte, os números seguem baixos. Até o momento, foram confirmados dois casos de Dengue na região (nenhum autóctone). Em 2020, foram três casos confirmados, sendo nenhum autóctone. Já em relação a Chikungunya, a doença não é registrada nas cidades da região desde 2019, quando foram confirmados dois casos (um autóctone.

EM ALERTA GERAL

Mesmo com os baixos índices de casos na região, o Litoral Norte está em alerta visto que foram confirmados casos de doenças causadas pelo Aedes Aegypti em cidades próximas ao Litoral. Dos 23 municípios da região, 13 estão infestados pelo mosquito hospedeiro da Dengue: Arroio do Sal, Capão da Canoa, Cidreira, Imbé, Mostardas, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras e Xangri- lá, além de Balneário Pinhal.

Não é a toa, que todas essas cidades estão realizando ações para evitar a proliferação do Aedes Aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde de Osório reforça para que os moradores procurem o posto de saúde mais próximo para tomarem a vacina contra a Febre Amarela. Para se vacinar é necessário um documento com foto e a carteira de vacinação.

Foto: Divulgação