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Governo e municípios assinam Marco Legal do Saneamento

Em evento no Palácio Piratini, na terça-feira (9), representantes de municípios firmaram com o governo do Estado o compromisso de estender os prazos dos contratos de prestação de serviços de saneamento com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O governador Eduardo Leite e os representantes das cidades assinaram os aditivos que adequam os contratos de programa vigentes com a estatal ao Marco Legal do Saneamento. Para os casos em que ajustes finais estão sendo realizados, foram assinados protocolos de intenções.

O novo marco legal, aprovado em 2020, tem como objetivo a universalização do saneamento, elevando a cobertura de abastecimento de água a 99% e de esgotamento sanitário a 90% até 2033. A assinatura dos aditivos de contratos é uma ferramenta para que os municípios atendam as obrigações da nova legislação e também obtenham os benefícios previstos na promulgação da lei que autorizou a desestatização da Corsan.

Dez municípios presentes firmaram compromisso com a Corsan, sendo que cinco assinaram o aditivo ao seu contrato de programa: Bento Gonçalves, Balneário Pinhal, Imbé, Viamão e Tramandaí. Outros cinco assinaram protocolo de intenções: Esteio, Gravataí, Nova Petrópolis, Santa Maria e Lagoa Vermelha. Além desses, dois não puderam estar presentes (Rio Grande e Torres), mas confirmaram adesão ao projeto.

Os municípios que assinarem os aditivos até 16 de dezembros receberão ações da companhia e manterão válidos os contratos firmados. Isso permitirá que sejam realizados os investimentos necessários para a universalização do abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto na área contratualizada. Os municípios que não assinaram os aditivos poderão ter os contratos vigentes precarizados a partir de 31 de março de 2022, quando termina o prazo estabelecido na Lei.

Segundo o diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, até 2033, R$ 12,5 bilhões devem ser investidos para que as metas de universalização sejam alcançadas. A proposta foi elaborada a partir de estudos realizados com consultorias especializadas e encaminhada para a avaliação das agências regulatórias. “De acordo com o estudo, é de que o aumento necessário será pequeno, o que nos dá a segurança de que não vai haver desequilíbrio nem para a companhia e nem para o consumidor”, garantiu Barbuti.

Foto: Itamar Aguiar