CEEE Equatorial é o pior serviço de distribuição energia elétrica do país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou na última quarta-feira (16), dados sobre a qualidade do serviço de todas as distribuidoras do Brasil. Entre as 29 concessionárias de grande porte avaliadas a subsidiária do Grupo Equatorial no RS é a última colocada, constando como pior serviço de energia elétrica do país. A RGE, que também atende o Estado, ficou na 17ª posição.
O ranking é elaborado com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela ANEEL para esses indicadores.
Vale ressaltar que, segundo o deputado Jeferson Fernandes, vice-presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do RS (AL-RS), a CEEE pública, de 2008 a 2014, se manteve dentre as empresas melhor classificadas no ranking de satisfação dos clientes.
O parlamentar lembra que ainda existem muitas preocupações para os 72 municípios atendidos pela Equatorial no RS, “tendo em vista que houve piora na qualidade de duas concessionárias sob o guarda-chuva do Grupo Equatorial: no caso a Equatorial Pará, que em 2020 estava em segundo lugar na lista, caiu para sétimo. E a Equatorial Maranhão, que era a oitava melhor, virou a segunda pior, em 28º lugar, só superada pela própria distribuidora Equatorial RS em qualidade de serviço. O retrocesso da divisão maranhense da Equatorial foi o maior do ranking, conforme a ANEEL” afirmou o deputado.
Conforme a agência, esse ranking é elaborado exatamente como um incentivo para que as concessionárias busquem a melhoria contínua da qualidade do serviço, e no início de 2022 a Equatorial RS continua com muitas interrupções e demora no restabelecimento da de energia. A agência avaliou as concessionárias no período de janeiro a dezembro do ano passado, divididas em dois grupos: de grande porte, com mais de 400 mil unidades consumidoras, e de menor porte com o número de unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil.
OUTROS DADOS – Ao longo de 2021, o serviço de fornecimento de eletricidade permaneceu disponível por 99,865% do tempo, na média do Brasil. Os consumidores ficaram 11,84 horas, em média, sem energia no ano. A frequência das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 6,06 interrupções em 2020 para 5,98 interrupções em média por consumidor em 2021.
FOTO: Félix Zucco