Mulher que matou e jogou filho recém-nascido em lixeira é condenada a 27 anos de prisão
A 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí condenou a 27 anos de prisão, a mulher acusada de ter matado o filho recém-nascido por asfixia e escondido o corpo do bebê em uma lixeira. O julgamento, realizado a cerca de seis anos após o ocorrido, teve início na última quinta-feira (1) e foi encerrado na sexta (2).
Ao todo, foram ouvidas quatro testemunhas, além da ré. No final, a mulher foi condenada a 24 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso, que dificultou a defesa da vítima), e três anos por ocultação de cadáver. A sentença foi dada pelo juiz de Gilberto Pinto Fontoura. Vale ressaltar que a defesa irá recorrer da decisão.
O CASO
O caso começou a ser investigado em junho de 2017, quando catadores encontraram o recém-nascido morto e restos de placenta, em uma sacola plástica, dentro de uma lixeira, em Tramandaí. Após uma necropsia, foi confirmado que o bebê, de sexo masculino, nasceu com vida e foi morto por asfixia. A mãe teria colocado uma bucha de papel na boca do filho, rompendo as vias aéreas da criança.
Segundo informações do Ministério Público do Estado (MP-RS), a mãe do bebê utilizava cintas abdominais, shorts com extensão abdominal e protetores de seios, para esconder do companheiro e dos familiares a gravidez. Em 11 de junho de 2017, por volta das 23h, ao entrar em trabalho de parto, ela foi até o banheiro da residência onde morava com o companheiro e os sogros e deu à luz ao bebê. De acordo com a denúncia, após matar a vítima, ela colocou o bebê e a placenta em uma sacola plástica e deixou no armário do banheiro. Para evitar os barulhos e eventual choro do bebê, a mulher ligou o secador de cabelos e o chuveiro. No dia seguinte, a criminosa ocultou o cadáver do filho, deixando ele em uma lixeira.