O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nessa terça-feira que o governo quer concluir a privatização da Eletrobras ainda no primeiro semestre de 2018. O detalhamento do modelo de desestatização e as condicionantes devem ser apresentados este mês. Uma delas é que parte dos recursos financeiros das usinas no Rio São Francisco fique para um amplo programa de revitalização do rio.
Coelho Filho explicou que o processo de recuperação da empresa ocorre paralelamente à privatização, com a venda de distribuidoras e ativos para dar liquidez às contas da empresa. “O tempo é curto e este é, por si só, um grande desafio”, disse. O ministro participou de teleconferência para veículos da mídia internacional para falar das mudanças em andamento nos segmentos de petróleo e gás, mineração e energia.
Em agosto, o governo federal anunciou a privatização da Eletrobras, com a redução da participação da União no capital da empresa. O ministro reafirmou que a Eletronuclear e a Usina Hidrelétrica de Itaipu ficarão de fora do processo, mas os demais ativos da Eletrobras serão colocados no mercado acionário.
A ideia é pulverizar o controle da empresa, abrindo o capital para que investidores privados injetem dinheiro na empresa e na bolsa. Segundo Coelho Filho, o governo só venderá papéis se a entrada de investidores não for suficiente para que a União fique com menos de 50% das ações na distribuição final.
Com 47 usinas hidrelétricas, 114 termelétricas, duas termonucleares, 69 usinas eólicas e uma usina solar, a Eletrobras é responsável por um terço do total da geração de energia do país. Também é a maior empresa de transmissão de energia, com quase metade das linhas de transmissão.