COLUNA MAURO FALCÃO

NEUROCIÊNCIA E ESPIRITISMO

Uma das descobertas da neurociência fala do aprendizado por imitação, através do que visualizamos. Segundo esta teoria um “neurônio-espelho” refletiria um certo movimento de outro indivíduo. Como por exemplo, o ato de bocejar, que involuntariamente é repetido por outra pessoa. Este fato ilustra uma autodeterminação celular na execução das tarefas, uma vez que são movimentos automáticos. Mas a questão a ser explicada é quem exerce este “domínio”, uma vez que a ordem não partiu do indivíduo.

A fim de elucidar esta questão, uma outra teoria, a da “Ressonância Mórfica”, expõe uma ocorrência similar. Neste estudo, foram observadas duas colônias de macacos que viviam em ilhas diferentes. Aonde um macaco, depois de várias tentativas, consegue encontrar a melhor forma de quebrar cocos. E, por imitação, a técnica foi disseminada entre os demais daquele grupo. Ficou comprovado que a alteração no comportamento de uma espécie irá ocorrer quando uma mudança coletiva for alcançada. No entanto, os primatas da outra ilha, foram também influenciados por este novo comportamento, mesmo sem interagirem fisicamente com aquela comunidade. Resultariam assim, campos mórficos que formam padrões e estruturas de ordem, organizando as esferas de ações dos sistemas moleculares presentes na natureza.

Desta forma, fica demonstrado que em toda forma de vida existe um fator intrínseco e que as pesquisas conduzidas somente por observações bioquímicas, são insuficientes para explicar todos os fenômenos. Resultando numa infertilidade elucidativa, alicerçada apenas no que os sentidos podem validar. O que pretendo explicar, é que as evidências trazidas pelas duas teorias, demonstram uma autonomia dos neurônios ou, em outra hipótese, estariam sujeitos a um comando externo. Neste caso, onde estaria este comando? Viria de uma conexão Superior?

Veja que estamos aumentando a compreensão da origem evolutiva, ingressando na questão molecular. Talvez, uma interligação com a própria “Mãe-natureza”, neste caso, responsável pela preservação das espécies.  Enfim, deixo estas considerações como uma pequena semente, contribuindo com a aquisição de conhecimentos para desvendar a complexidade dos fatores que envolvem a vida e, sobretudo, asseverar que não podemos ficar estacionados e ter nossas conclusões reduzidas apenas as ciências materialistas. Em resumo, os termos neurônio espelho e ressonância mórfica, não seriam apenas “vida espiritual”?